Anvisa proíbe importação de canetas emagrecedoras que ainda não estão reguladas no Brasil
21/11/2025
(Foto: Reprodução) Canetas emagrecedoras passam a ser vendidas com retenção de receita médica
A Anvisa decidiu barrar a entrada no país de uma série de medicamentos agonistas de GLP-1 — as famosas "canetas emagrecedoras" que têm circulado pelo país sem avaliação oficial de qualidade, eficácia ou segurança. Na prática, a Agência proibiu fabricar, distribuir, importar, vender, divulgar e até usar esses produtos que não têm registro sanitário no Brasil.
Até agora, a proibição atinge os seguintes itens:
T.G. 5 (RE 4.030)
Lipoless (RE 3.676)
Lipoless Éticos (RE 4.641)
Tirzazep Royal Pharmaceuticals (RE 4.641)
T.G. Indufar (RE 4.641).
A medida veio em resposta a um cenário que vinha fugindo do controle: propaganda irregular, comércio informal e muita circulação pela internet — tudo fora das regras para medicamentos no país. O objetivo é simples: evitar o uso indevido desses produtos e proteger a saúde da população.
Em situações normais, medicamentos sem registro até podem ser importados, mas só para uso pessoal, com prescrição médica e uma lista de exigências. Só que, quando a Anvisa publica uma proibição específica, nem isso é permitido: a importação fica suspensa em qualquer modalidade.
Mulher aplica caneta emagrecedora no abdômen
Reprodução/TV Globo
Vale lembrar que, no caso dos medicamentos aprovados no Brasil, cabe ao detentor do registro garantir que tudo funcione bem — desde a oferta no mercado até o monitoramento de problemas inesperados. As canetas emagrecedoras regularizadas seguem regra rígida: venda apenas com prescrição e retenção de receita.
Usar produtos que não passaram pelo crivo da Anvisa compromete a rastreabilidade em caso de efeitos adversos e impede que a agência tome medidas regulatórias se algo der errado.
Além disso, nenhum medicamento pode circular no país com bula ou orientações em outra língua. Quando isso acontece, o risco vai da má compreensão ao erro na hora de usar. Outro aspecto é que , se houver falsificação ou adulteração, ela fica fora do alcance da fiscalização brasileira.