Apoio a María Corina Machado mobiliza atos em mais de 80 cidades antes da entrega do Nobel da Paz

  • 06/12/2025
(Foto: Reprodução)
Apoio a María Corina Machado mobiliza atos em mais de 80 cidades na Venezuela Manifestantes em Madri, Utrecht e dezenas de outras cidades saíram às ruas neste sábado (6) em apoio à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025. Segundo sua organização, atos estavam programados em mais de 80 cidades ao redor do mundo para celebrar o prêmio e chamar atenção para a luta por democracia na Venezuela. Pessoas acendem as lanternas de seus celulares enquanto venezuelanos residentes na Espanha se reúnem para uma marcha global em apoio à ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado, em Madri, Espanha, em 6 de dezembro de 2025. REUTERS/Ana Beltran As mobilizações ocorrem às vésperas da cerimônia oficial de entrega do Nobel, marcada para quarta-feira (10), em Oslo, na Noruega. O Comitê Norueguês confirmou à AFP que Machado, de 58 anos, comparecerá pessoalmente ao evento, apesar de viver escondida no país desde janeiro, quando foi brevemente detida durante um protesto em Caracas. “Estamos vivendo tempos em que nossa serenidade, nossa convicção e nossa organização estão sendo testadas”, disse Machado em vídeo publicado nas redes sociais nesta semana. “Agora, todos esses anos de luta e a dignidade do povo venezuelano foram reconhecidos com o Prêmio Nobel da Paz.” Pessoas acendem as lanternas de seus celulares enquanto venezuelanos residentes na Espanha se reúnem para uma marcha global em apoio à ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado, em Madri, Espanha, em 6 de dezembro de 2025. REUTERS/Ana Beltran Marchas e tensão internacional Os atos deste sábado acontecem em meio a um momento de forte tensão política e militar na região. O governo de Donald Trump mantém um grande contingente militar no Caribe, o que o presidente Nicolás Maduro chama de “ameaça direta à soberania venezuelana”. Maduro acusa Washington de tentar promover uma mudança de regime, e o próprio prêmio à opositora reforçou essa percepção entre aliados do governo. Já líderes da oposição afirmam que o Nobel deslegitima a reeleição de Maduro, considerada fraudulenta por observadores internacionais. Machado venceu as primárias opositoras e pretendia concorrer à Presidência em 2024, mas foi impedida de disputar as eleições por decisão judicial. O ex-diplomata Edmundo González, sem experiência política, substituiu seu nome na cédula e reivindicou vitória no pleito de 28 de julho de 2024, posteriormente declarado favorável a Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral — controlado pelo regime. Após a eleição, González buscou asilo político na Espanha, e Machado entrou na clandestinidade. Desde então, não é vista em público. Pessoas participam de uma marcha global em apoio à ganhadora venezuelana do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado, em Madri, Espanha, em 6 de dezembro de 2025. REUTERS/Ana Beltran A viagem a Oslo Neste sábado, o Instituto Nobel confirmou que a opositora “estará presente” na cerimônia de quarta. “Estive em contato com Machado na noite passada, e ela confirmou que estará em Oslo. Dada a situação de segurança, não podemos dizer mais sobre como ou quando ela viajará”, afirmou Kristian Berg Harpviken, diretor do instituto, à AFP. A viagem é considerada de alto risco, já que o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, declarou que Machado seria “foragida” caso deixasse o país. Detalhes sobre sua saída da Venezuela e o eventual retorno ainda são desconhecidos. O prêmio inclui 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões) e será entregue pela Comissão Norueguesa do Nobel em cerimônia oficial. A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, discursa para seus apoiadores em um protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas, Venezuela, um dia antes de sua posse para um terceiro mandato, em 9 de janeiro de 2025. AP/Ariana Cubillos, Arquivo Por que ela ganhou o Nobel da Paz María Corina Machado foi laureada em 10 de outubro de 2025 “por seus esforços pacíficos e persistentes pela restauração da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”, segundo o Comitê Norueguês do Nobel. O grupo descreveu a líder opositora como “uma das vozes mais corajosas da América Latina” e “uma mulher que mantém viva a chama da democracia em meio à escuridão crescente”. “O Prêmio Nobel da Paz de 2025 vai para uma campeã corajosa e comprometida da paz, que representa o equilíbrio contra os tiros do regime de Maduro”, disse o presidente do comitê, Joergen Watne Frydnes, ao anunciar o prêmio. Machado é fundadora do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos para fiscalizar eleições e promover o voto livre no país. Ela se tornou símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueio de candidatura e ameaças à própria vida — mas decidiu permanecer na Venezuela. “Ela manteve-se no país, mesmo sob grave risco, inspirando milhões de pessoas”, afirmou o comitê norueguês. Venezuelanos exibem cartazes e bandeiras durante uma marcha global em apoio à ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado, em Madri, Espanha, em 6 de dezembro de 2025. REUTERS/Ana Beltran Repercussões O prêmio é visto por analistas como um gesto que deslegitima a autoridade de Maduro, mas também aumenta a tensão com Washington, em meio à presença militar americana próxima à costa venezuelana. O governo Trump afirma que as manobras são “de caráter dissuasório”, mas não descarta ações “para proteger a população venezuelana”. Maduro reagiu fechando a embaixada da Venezuela em Oslo, chamando o reconhecimento de “ato de provocação política”. Enquanto isso, apoiadores de María Corina Machado dizem que a entrega do Nobel é um símbolo de esperança. “Ela é o rosto da resistência democrática na América Latina”, escreveu a organização Súmate em nota. A defesa da democracia e a luta contra a ditadura na Venezuela foram os motivos apresentados para a escolha do Nobel da Paz à Maria Corína Machado, líder da oposição ao regime de Nicolas Maduro

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/12/06/apoio-a-maria-corina-machado-mobiliza-atos-em-mais-de-80-cidades-antes-da-entrega-do-nobel-da-paz.ghtml


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