De jiboia a jacaré: conheça os 5 animais mais impressionantes do maior aquário de água doce do mundo
28/10/2025
(Foto: Reprodução) Axolotes são atrações do Bioparque Pantanal
O Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), abriga mais de 450 espécies de animais da América do Sul e Central. O g1 selecionou 5 dos moradores mais impressionantes do maior aquário de água doce do mundo.
O espaço é o único aquário público do mundo com espécies exclusivas de peixes neotropicais, aqueles que vivem em rios e lagos.
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Axolote
Axolote atraiu a atenção internacional depois que o Minecraft o adicionou ao jogo em 2021 e os mexicanos enlouqueceram com ele naquele mesmo ano, após a iniciativa do Banco Central de colocá-lo na nota de 50 pesos.
Marco Ugarte/AP Photo
O axolote é uma salamandra originária dos lagos Xochimilco e Chalco, no México. A espécie está criticamente ameaçada de extinção por causa da destruição do habitat e da presença de espécies invasoras.
Esses anfíbios chamam atenção pela incrível capacidade de regenerar membros e até partes do cérebro, do coração e da coluna vertebral. Outra curiosidade é a “neotenia”, característica que faz o axolote manter, mesmo adulto, traços da fase larval, como as brânquias externas e a nadadeira caudal.
Jacaré-do-pantanal
Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare).
Reprodução/Bioparque Pantanal
O jacaré-do-pantanal vive em várias regiões da América do Sul, mas é mais comum no Pantanal. Pode chegar a três metros de comprimento e, entre janeiro e março, as fêmeas constroem ninhos de folhas e plantas para depositar de 20 a 30 ovos.
A espécie se alimenta de caranguejos, caramujos, insetos, peixes e outros animais aquáticos. Caça ilegal, secas, queimadas e atropelamentos estão entre as principais ameaças à sobrevivência desses répteis.
Píton-birmanesa
Píton albina.
Bioparque
Capitu, uma píton-birmanesa (Python bivittatus) de 2,5 metros, foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) de um circo onde era usada como atração. O animal não pode voltar à natureza porque perdeu suas defesas naturais.
A píton é uma das maiores serpentes do mundo, podendo atingir até oito metros de comprimento e pesar 100 quilos na fase adulta. Originária da Ásia, a espécie é considerada exótica no Brasil, ou seja, não faz parte da fauna nativa.
Jiboia
Jiboia Rachel Carson
Divulgação
Rachel Carson é uma jiboia de dois metros que vive no Bioparque Pantanal. Ela foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) de um circo em Amambai (MS), onde era usada como atração, prática proibida por lei estadual.
Impossibilitada de voltar à natureza, Rachel se tornou uma “embaixadora” da conscientização ambiental. A história dela ajuda a alertar sobre o tráfico de animais silvestres e a importância das serpentes no equilíbrio dos ecossistemas.
Cascudos
Peixe se reproduziu em cativeiro.
Gov-MS/Reprodução
O Bioparque Pantanal é referência mundial em conservação de peixes e abriga o maior acervo de cascudos do planeta são 106 espécies de diferentes biomas brasileiros.
Entre elas está o cascudo-angélico (Hypancistrus sp.), o primeiro registro da espécie no Brasil. O peixe, que vive no tanque “Corredeiras da Amazônia”, é novo para a ciência e já enfrenta risco de extinção.
Segundo o biólogo e curador do Bioparque, Heriberto Gimênes Junior, as hidrelétricas e a sobrepesca são as principais ameaças. “Esses peixes vivem em águas muito oxigenadas e de forte correnteza. As barragens mudam o fluxo e transformam corredeiras em áreas paradas, o que prejudica a sobrevivência da espécie”, explica.
*Estagiário sob supervisão.
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