Empresário que pilotava jet ski é indiciado por três mortes em colisão com lancha no Rio Negro
04/12/2025
(Foto: Reprodução) Acidente entre moto aquática e lancha no Rio Negro
O empresário Robson Tiradentes, que conduzia uma moto aquática quando colidiu com uma lancha no Rio Negro, na comunidade Acajatuba, em Iranduba, foi indiciado por homicídio culposo. O acidente ocorreu em 20 de setembro e deixou três mortos. O inquérito foi concluído nesta quinta-feira (4).
As vítimas foram o condutor da lancha, Pedro Batista, Marcileia Silva Lima e o filho dela, Jhon da Silva Gonzaga, de cinco meses. Outras duas pessoas ficaram feridas.
Segundo o inquérito, Robson navegava à noite, em área de baixa visibilidade e sem conhecimento adequado da geografia do lago, fatores que contribuíram para a colisão.
O documento aponta que ele decidiu retornar sozinho para procurar familiares que, segundo informou, estariam à deriva, agindo sem domínio do ambiente e em desacordo com normas de segurança.
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
Para a polícia, a imprudência violou o dever de cuidado exigido na navegação, configurando homicídio culposo.
Em nota, a defesa de Robson afirmou que os laudos da Marinha, da Polícia Civil e o inquérito “trazem alívio para familiares e amigos porque confirmam que ele não estava passeando de jet ski à noite, mas em estado de emergência à procura da família que estava perdida num barco à deriva no Rio Negro”.
LEIA TAMBÉM:
Quem é o empresário que pilotava moto aquática que colidiu com lancha no Rio Negro; acidente deixou 3 mortos
Três corpos são encontrados após colisão de moto aquática com lancha no Rio Negro
O que se sabe sobre a colisão de moto aquática com lancha que deixou 3 mortos e 2 feridos no AM
A investigação também analisou a justificativa apresentada por Robson, que disse ter saído com a moto aquática para buscar familiares supostamente em perigo.
A polícia concluiu que a situação não configurava emergência capaz de justificar a exceção à proibição de navegação noturna para motos aquáticas.
Conforme o inquérito, esse tipo de exceção só é permitido diante de “perigo atual, inevitável e diretamente ligado à embarcação conduzida”.
Embora testemunhas confirmem que Robson estava preocupado com a família à deriva, os investigadores afirmam que havia meios mais seguros para o resgate.
O laudo da Marinha também atribui culpa ao condutor da lancha. Para o órgão, a causa determinante do acidente foi a imprudência e a negligência de ambos os pilotos.
A Marinha destaca que o condutor do bote não usava luz de navegação nem ofereceu coletes salva-vidas aos passageiros, enquanto Robson trafegava à noite e permitiu que seu passageiro estivesse sem colete, item obrigatório.
Ambos eram habilitados, mas decidiram navegar durante a noite: o piloto da lancha sem iluminação exigida e Robson contrariando norma que proíbe condução de moto aquática em condições de baixa visibilidade.
Moto aquática colide com lancha no Rio Negro
Divulgação