Justiça aponta risco em Tabatinga e pede que júri de Bruno e Dom ocorra em Manaus

  • 17/11/2025
Caso Bruno e Dom: Dez pescadores foram denunciados por organização criminosa A Justiça Federal em Tabatinga decidiu, nesta segunda-feira (17), enviar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) um pedido para transferir para Manaus o julgamento dos réus pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. O processo, que já está pronto para ir a júri, envolve Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira. Bruno e Dom desapareceram durante uma expedição na Terra Indígena Vale do Javari, no Oeste do Amazonas. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam de embarcação pela comunidade de São Rafael e seguiriam para Atalaia do Norte. A decisão atende ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), que solicitou o desaforamento, a mudança do local do júri, por considerar que realizar o julgamento em Tabatinga pode colocar em risco a segurança dos envolvidos e comprometer a imparcialidade dos jurados. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Na decisão, a juíza também rejeitou pedidos da defesa para anular o processo e para anexar reportagens jornalísticas aos autos, afirmando que não há fundamento legal para anulação e que matérias da imprensa não têm valor probatório. A Justiça determinou ainda que dois outros processos ligados ao caso: um sobre organização criminosa e outro sobre ocultação de cadáver, sejam concluídos e reunidos ao processo principal, para que o julgamento ocorra de forma conjunta. O objetivo é evitar decisões contraditórias. Com o envio do pedido ao TRF1, o tribunal deve decidir se o júri será transferido para Manaus ou para outra unidade da Justiça Federal. O que diz o MPF O MPF pediu, no dia 17 de julho, que os réus fossem julgados em Manaus. Segundo o órgão, Tabatinga é uma cidade pequena, com histórico de violência, o que poderia influenciar a análise dos jurados. "Há risco concreto à segurança dos acusados, da população local e, sobretudo, à própria imparcialidade e segurança dos jurados, considerando o grau de periculosidade atribuído aos denunciados", diz o pedido. O Ministério Público também destacou que o caso ocorre em um contexto de disputa entre pescadores e indígenas pela exploração de recursos naturais na Terra Indígena Vale do Javari, o que poderia influenciar o julgamento devido ao perfil da população local, formada por ribeirinhos e indígenas. Bruno e Dom foram mortos em junho de 2022, durante uma expedição de investigação na região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, interior do Amazonas. Dom escrevia o livro How to Save the Amazon? (Como salvar a Amazônia?), com o objetivo de mostrar como os povos indígenas preservam a floresta e se defendem de invasores. Amarildo foi preso em flagrante em 8 de junho de 2022, por ameaçar indígenas que participavam das buscas pelos corpos e por estar em posse de munições de uso restrito e permitido. No dia seguinte à prisão, a polícia encontrou vestígios de sangue na lancha usada por ele. Oseney foi preso em 14 de junho do mesmo ano. Ele é irmão de Amarildo e teria o ajudado a fazer uma emboscada e cometer o crime contra as vítimas. Jefferson foi preso em 18 de junho do mesmo ano. A investigação apontou que ele teve participação direta no crime, desde a emboscada até a ocultação dos corpos. No dia 21 de julho deste ano, três anos após o crime, a Justiça Federal também aceitou a denúncia e tornou réu Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, acusado de mandar matar Bruno e Dom. O caso Montagem com fotos do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips Foto: TV Globo/Reprodução Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Dom escrevia o livro "How to save the Amazon?" (Como salvar a Amazônia?). O objetivo era mostrar como povos indígenas fazem para preservar a floresta e se defender de invasores. Na viagem de campo, os dois foram vistos pela última vez em 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino. Os restos mortais dos dois foram achados em 15 de junho daquele ano. A polícia concluiu que eles foram mortos a tiros, e seus corpos corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Além de Colômbia, também respondem pelo crime Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos" e Jefferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha". Além deles, também foram denunciados pelo MPF os pescadores Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa Oliveira por usarem um menor de idade para ajudar a ocultar os cadáveres de Bruno Pereira e Dom Phillips. Eles também foram denunciados pelo delito de ocultação de cadáveres. Amarildo e Jefferson serão julgados por duplo homicídio qualificado e pela ocultação dos cadáveres das vítimas. Os dois continuam presos. Quanto a Oseney, ele aguarda a finalização do julgamento do caso em prisão domiciliar, com monitoração eletrônica. Justiça do Amazonas torna réu o traficante Colômbia acusado de ser mandante dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Philips

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/11/17/justica-aponta-risco-em-tabatinga-e-pede-que-juri-de-bruno-e-dom-ocorra-em-manaus.ghtml


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