Vereador de São João de Meriti suspeito de ajudar o TCP a erguer barricadas é preso em operação
25/11/2025
(Foto: Reprodução) Vereador suspeito de ajudar o TCP a erguer barricadas é preso em operação
A Polícia Civil do RJ prendeu nesta terça-feira (25) um vereador de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, durante a Operação Muro de Favores, que mira uma rede criminosa ligada à facção Terceiro Comando Puro (TCP). Ernane Aleixo (PL) foi o 3º mais votado nas eleições do ano passado. Outras 4 pessoas foram presas.
Segundo a Polícia Civil, Ernane é suspeito de oferecer suporte logístico e operacional à facção em troca de benefícios financeiros e eleitorais. Áudios e mensagens obtidos pelos investigadores indicam que ele teria fornecido maquinário e estrutura para a construção de barricadas em Vilar dos Teles, dificultando o acesso das forças de segurança e de serviços públicos às comunidades.
A TV Globo busca contato com a Câmara de Meriti e com o PL.
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O vereador Ernane Aleixo
Reprodução
Mandados
Agentes saíram para cumprir 8 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Meriti. A ação foi deflagrada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e integra a estratégia Barricada Zero, do governo do estado.
De acordo com as investigações, o TCP mantinha uma rede de “favores” envolvendo políticos locais para garantir o controle de áreas da Baixada Fluminense, como as comunidades Trio de Ouro (Meriti), Guacha e Santa Tereza (Belford Roxo). Há indícios de que Ernane também negociava vagas de emprego em hospital da região em troca de apoio político.
O núcleo investigado era chefiado por Marlon Henrique da Silva, o Pagodeiro, preso no ano passado e braço direito do traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, o Genaro, chefe do TCP na região. Pagodeiro confessou ter matado 3 vítimas, incluindo uma mulher, durante um confronto com facção rival há 2 anos.
Nesta terça, outra presa foi Luciana Adelia Theofilo, mulher de Pagodeiro.
A operação busca desarticular a estrutura hierárquica e financeira do TCP, removendo barricadas e retomando o controle do Estado em comunidades da região.
Ainda segundo a Polícia Civil, o núcleo investigado atuava em crimes como tráfico de drogas, homicídios, extorsão de comerciantes e lavagem de dinheiro.