Vocalista da banda Aliados é condenado por tráfico privilegiado; entenda
Gustavo Fildzz foi preso em flagrante em Santos (SP).
Reprodução/Instagram
O vocalista da banda Aliados, Gustavo Tavares da Mata Barreto, o Gustavo Fildzz, foi condenado pela Justiça de Praia Grande (SP) por tráfico privilegiado. A pena é de 2 anos em regime aberto. Desde outubro de 2023 ele responde em liberdade provisória. O advogado Eugênio Malavasi, que o representa, afirmou que vai recorrer da decisão de primeira instância.
No mesmo processo, Wagner Rosário Gonçalves, apontado como caseiro dos imóveis ligados ao vocalista, foi condenado a 1 ano e 9 meses de reclusão em regime aberto. Assim como Fildzz, havia sido solto em outubro de 2023 e agora passa a responder como condenado em primeira instância.
🔎 Tráfico privilegiado: É quando a Justiça reconhece o crime de tráfico de drogas, mas entende que o réu é primário, tem bons antecedentes e não faz parte de organização criminosa. Nesses casos, a pena pode ser reduzida e aplicada em regime mais brando, como o aberto, ou até substituída por medidas alternativas.
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Fildzz foi preso em 2 de agosto de 2023, após a Polícia Civil encontrar mais de 100 pés de maconha em imóveis ligados a ele em Praia Grande. Em outubro, o juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso revogou a prisão preventiva por falta de provas suficientes, e desde então o cantor responde em liberdade.
Na época, a decisão também beneficiou Wagner, que foi apontado como responsável por cuidar dos imóveis. Ambos ficaram presos por dois meses no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande, até a revogação da prisão preventiva.
A condenação
Vídeo mostra cantor sendo acordado por policiais durante prisão no litoral de SP
Na sentença de 14 de novembro de 2025, o juiz Fernando Cesar do Nascimento rejeitou os argumentos das defesas, que tentavam anular as provas alegando irregularidades nas buscas e no acesso aos celulares apreendidos.
O magistrado, no entanto, reconheceu que os réus preenchiam os requisitos do tráfico privilegiado e reduziu a pena no patamar máximo de dois terços. As penas de reclusão foram substituídas por medidas alternativas:
Gustavo Fildzz: determinou prestação de serviços à comunidade em instituição a ser definida na fase de execução e o pagamento de dois salários-mínimos e meio a uma entidade beneficente.
Wagner: prestação de serviços à comunidade e o pagamento de dois salários-mínimos em favor de instituição beneficente.
Vídeo mostra plantações de maconha em casa de cantor, em Praia Grande (SP)
O juiz considerou válidos os laudos periciais, relatórios policiais e provas extraídas dos celulares, afirmando que não havia “evidências em concreto da falha na produção da prova”.
As versões apresentadas pelas defesas foram classificadas como “inverossímeis” (improváveis) diante do conjunto de provas. O magistrado destacou que depoimentos policiais e laudos confirmaram o cultivo e a guarda de drogas em imóveis ligados aos réus.
A defesa de Gustavo Fildzz alegou que ele fazia uso medicinal da cannabis e que apenas visitou o local por curiosidade. Já Wagner disse que cultivava plantas para fins medicinais e que o cantor não tinha envolvimento direto. Nenhuma das teses foi aceita.
O juiz ressaltou que o tráfico é crime permanente e que havia fundada suspeita para a entrada nos imóveis, mesmo sem mandado judicial. “A situação de flagrante delito se protrai (persiste) no tempo”, escreveu na decisão.
Por fim, absolveu os réus da acusação de associação para o tráfico, mas manteve a condenação por tráfico de drogas, com penas reduzidas e substituídas por medidas alternativas, como prestação de serviços à comunidade e pagamento de valores a instituições beneficentes.
O g1 entrou acionou a defesa de Wagner, mas não conseguiu contato até a última atualização da reportagem.
Gustavo Fildzz é vocalista da banda Aliados
Reprodução/Instagram
VÍDEOS: g1 em 1 MinutoFONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/11/18/vocalista-da-banda-aliados-e-condenado-por-trafico-privilegiado-entenda.ghtml
